Normalização

O CTIC como ONS

Constituído como ONS em Maio 2006, o CTIC tutela e coordena o funcionamento da Comissão Técnica de Curtumes:

  • Assegurando a representação e acompanhamento da atividade normativa a nível europeu (CEN – Comité Europeu de Normalização) e a nível internacional (ISO – Organização Internacional de Normalização), nomeadamente a participação em reuniões e emissão de pareceres ;
  • Elaborando, atualizando e divulgando as normas portuguesas;
  • Anulando as normas nacionais que não estão em consonância com as normas europeias e internacionais.

A Normalização do Couro em Portugal

É conhecida atividade de normalização na área do couro em Portugal desde 1970, quando foi constituída a Comissão Técnica de Curtumes – CT 49 – coordenada pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ), tendo o seu funcionamento sido mantido durante cerca de uma década.

Verificou-se entretanto um vazio, até que em 2006 o CTIC – Centro Tecnológico das Indústrias do Couro decidiu imprimir uma nova dinâmica, sendo nessa altura reconhecido pelo IPQ como ONS – Organismo de Normalização Sectorial, no domínio de Curtumes e Produtos de Couro.

Nesse âmbito têm vindo a ser desenvolvidas atividades relacionadas com a elaboração das normas, tanto nacionais como internacionais, e tem sido assegurada pelo CTIC a participação nas reuniões do CEN – Comité Europeu de Normalização, Comissão Técnica 289.

A nível nacional foi constituída a Comissão Técnica – CT 49, no âmbito da qual foram criadas três Subcomissões que envolvem a participação de especialistas, peritos, técnicos e outros quadros, em representação de empresas e outras entidades:

– SC1: Matérias-primas, Especificações Técnicas no Uso das Peles e Terminologia
– SC2: Ensaios Físico-Mecânicos e de Solidez
– SC3: Análises Químicas

A Normalização

A normalização é a atividade de harmonização, voluntária e metódica de produtos e serviços, desenvolvida com todas as partes interessadas, num espírito de abertura e de transparência, reduzindo as barreiras comerciais e permitindo a cooperação tecnológica internacional.

A normalização é importante para todos os sectores de atividade, e tem como objetivos principais os seguintes:

  • Adequação de um produto, processo ou serviço para o fim para o qual foi concebido;
  • Racionalização, através da redução da diversidade, quer das dimensões, quer do tipo de produto, processo ou serviço, simplificando os sistemas existentes;
  • Compatibilidade com outros produtos, processos ou serviços por forma a poderem ser utilizados em conjuntos e reduzir o número de estruturas/modelos utilizados;
  • Intermutabilidade entre produtos, processos ou serviços, no sentido de poder ser usado um, em vez de outro;
  • Entendimento mútuo entre os vários países e as várias entidades dentro de cada país, definindo uma linguagem comum;
  • Segurança de pessoas e bens, através do estabelecimento de requisitos de forma a evitar danos;
  • Proteção do ambiente de danos causados pela utilização de produtos, processos e serviços;
  • Proteção do produto durante a sua utilização, transporte ou armazenamento, contra condições climatéricas ou outras condições adversas.

A Normalização proporciona importantes benefícios, quer para as empresas, quer para a sociedade em geral, como por exemplo:

  • Permite melhorar a adequação de produtos, processos e serviços aos fins para que foram concebidos;
  • Previne os obstáculos técnicos ao comércio;
  • Facilita a cooperação tecnológica entre os países:
  • A avaliação da conformidade dos produtos que tanto preocupa os fabricantes, não pode efetuar-se sem referenciais normativos;
  • A proteção dos interesses dos consumidores, através da garantia de uma adequada qualidade dos bens e serviços, desenvolvida de forma coerente;
  • Salvaguarda do interesse nacional – defesa dos interesses nacionais junto das organizações internacionais através do voto ou da participação em reuniões de comités técnicos.

Brochura “Couro com Qualidade”